terça-feira, 9 de dezembro de 2008

A realização de um sonho

Vocês sabem um sentimento muito ruim, musicalmente falando? É quando você sabe que sua banda preferida se separou antes mesmo de você ter noção da existência dela, deixando suas chances de vê-los juntos muito pequenas.

Agora, sabe qual é o unico sentimento pior que esse, musicalmente falando? É quando um dos membros da banda morreu, e a banda terminou por causa disso, e a chance de ver a banda junta é simplesmente NULA!

Qualquer fã de Queen tem esse sentimento no momento que gosta muito de sua música. Freddie está morto desde 91, John Deacon depois disso se aposentou. O que podemos fazer? Queen acabou!

Mas Dr. Brian May e Roger Taylor ainda estão vivos, e tocando. Por que raios eles deveriam parar? Em um mundo de Strike, Fresno, RBD e Rhapsody, a ausência desses dois é um grande desperdício de talento.

Mas aí nos aparece a pergunta: quem vai substituir o Freddie? Ninguém queria alguém que o imitasse. Tem que ser alguém autêntico, e não uma cópia barata. E eis que nos aparece Paul "The Voice" Rodgers, um puta vocalista com carisma e presença de palco próprias, para cantar. Excelente escolha!

Vendo o dvd e os vídeos pelo youtube, percebe-se que o show tá dando certo. Entrosamento legal, músicas clássicas sendo tocadas, público emocionado. Agora é esperar chegarem ao Brasil. E eu esperei. Esperei bastante. Tanto que em 2005, a banda foi fazer um show em.. Aruba! E eu pensei seriamente em ir para lá, quando recebi um e-mail com propaganda de uma excursão pro show saindo de... Manaus. Não, eu não fui, mas a vontade foi GRANDE(ainda mais que o CEFET tava em greve na época, se não me engano).

E um cd novo é lançado: The Cosmos Rocks. Medo de ouvir? Não. Na verdade, um receio. Mas ao ouvir, joguei os receios fora. Foi um sopro de ar fresco no rock atual. Um cd muito bem feito, com músicas bem animadas.

Mas, e show no Brasil? No início do ano, aquela história de show na praia... Era verdade, mas depois foi cancelado, por falta de patrocinadores. E com isso, apenas dois shows em São Paulo, numa quarta e numa quinta-feira. E quer saber? Foda-se! Eu vou! Com o ingresso em mãos, o show no Rio é confirmado. Quer saber novamente? Foda-se! Eu vou também!

Foram dias bem cansativos. Acordar na quinta bem cedo, pra pegar o ônibus as 7:40 da manhã, voltar no ônibus das 2 da manhã do dia seguinte. Passar a sexta feira toda grogue, e no sábado ficar na fila das 12:30 até as 20:00. E só chegar em casa as duas da manhã de domingo(arrependido por não ter corrido pra porta do hotel deles na zona sul). Mas valeu cada suor e cansaço! Não me arrependo e faria de novo!

Quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Chego em São Paulo as 14:30, na rodoviária do Tietê, deixo minha mochila no armário lá e corro pro show. Ainda bem o Fer tinha me dado na véspera as dicas pra chegar no Via Funchal, e consegui chegar lá sem nenhum problema. EXCETO O TRÂNSITO! As 15:30 estava na fila. Bate-papos com os paulistas, camisa nova comprada, botton do Queen comprado, ansiedade. MUITA ansiedade.

Entro no Via Funchal. Emoção a flor da pele. Apenas duas horas para o momento mais emocionante de minha vida. E como demorava a passar! Mas, as 22:10 começa o show! E que começo! Após um telão com imagens do espaço, eles entram com Hammer To Fall! E após esse clássico, emendam a destruidora Tie Your Mother Down! Pulei e cantei sem parar!

Após isso, eu simplesmente deliro com aquele iniciozinho de Fat Bottomed Girls(aaaaaaaaare you gonna take me home tonight...). Depois, vem em sequência mais três músicas para me destruir de emoção: Another One Bites The Dust, I Want It All e I Want to Break Free.

E então, vem uma sequência mais tranquila(porque se continuasse o ritmo, eu ia morrer na décima): Duas do cd novo(C-lebrity e Surf's up School's out) e uma do Bad Company(Seagull).

Não preciso mencionar a minha emoção ao ver de uma distância de dez metros meus ídolos, Brian May e Roger Taylor, além de ver BEEEEEM de perto a RED SPECIAL! Eles tocavam com uma empolgação, uma alegria. Foi demais.

Logo após Seagull, vem acho que o momento mais lindo do show: Love of My Life. Tão lindo, tão emocionante, que Brian May chorou. Também, com toda a pista cantando(gritando, se esgoelando) a música, emocionaria qualquer um. Após ela, uma balada que eu acho fantástica: '39! E depois, solo de bateria do Roger Taylor.

PUTA QUE PARIU! Que solo foda! Uma parte do solo era no contra-baixo! E ainda tocou parte de Under Pressure e Another One Bites The Dust. Depois da primeira parte do solo, ele sola na bateria que de início tem apenas o bundo, uma caixa e um prato(ou contra-tempo, não lembro agora). Com o tempo, partes da bateria vão sendo incorporadas durante o solo, até que ele termina com I'm In Love With My Car! E depois, ele canta também A Kind of Magic!

E então aparece a baladinha do cd novo. Say It's Not True é bem linda, e ao vivo ficou MUITO boa, principalmente na parte final, com Paul Rodgers chegando pra cantar sua parte. Me arrepiei todo. Depois, Feels Like Making Love, do Free e We Believe, do cd novo.

E então, solo de guitarra do Brian May, que é emendada com... Bijou, cantada por... FREDDIE! No telão, imagens do Freddie, e a voz dele ecoando. O público caiu em lágrimas de emoção. Muita covardia fazer aquilo. Tivemos que gritar depois aquele coro de "Freddie! Freddie! Freddie!"

Brian continua com Last Horizon, e depois temos mais duas porradas: Under Pressure, e Radio Ga Ga. Eu nunca pensei que ia bater palminhas em Radio Ga Ga na minha vida. Que emoção foi fazer aquilo. Na hora, olhar o público todo fazer aquilo é muito, mas muito emocionante.

Então nos vem Crazy Little Thing Called Love, que é uma excelente música, apesar de que não adianta: temos que gritar "Ready Freddie!", não dá pra trocar por "Ready Paul!", ou qualquer outra coisa. E depois, The Show Must Go On, mostrando exatamente a idéia do Freddie na época que descobriu sua doença. O Queen deveria continuar. E ainda bem que eles voltaram!

Agora é a hora! O épico! A grande música! Bohemian Rhapsody! E cantada do início ao coro por... Freddie, novamente! Preciso dizer que foi novamente um momento de choro coletivo? Eu juro que durante o coro tinha a sensação que o pós-coro teria o Freddie no palco, cantando com a maior felicidade e nos fazendo uma cara de "Há! Pegadinha do malandro!", mas é claro que isso não foi possível. Novamente, gritos de "Freddie", após a música e a banda sai para o Bis.

No Bis, Cosmos Rocks, do cd novo, que também ficou muito legal ao vivo, All right now, que é um hino do rock, e por isso a maioria sabia cantar, e a sequência de final de show do Queen: We Will Rock You e We Are The Champions.

Acaba o show, e enquanto toca God Save The Queen, a banda agradece ao público. Mas na verdade, quem mais agradeceu fomos nós. E por favor, voltem mais vezes!


Sábado, 29 de Novembro de 2008

Após minha pequena maratona que contei antes, estou na fila no sábado. A hora passou muito mais rápido. Eu estava com o Nader, Tchutchuco e Vinícius Cordeiro, além de ter conhecido um pessoal na fila, como as burguesas da pista vip e os argentinos que foram a 18 shows do Queen.

Muito papo furado, chuva, sol, biscoito, água, cerveja e refrigerante depois, os portões se abrem, e corremos para a grade. E sim, eu cheguei na grade! =D

O show de sábado foi tão lindo, emocionante e me fez chorar tantas vezes quanto no show de Quinta, por isso, não vou escrever novamente, pois seria basicamente um control c + control v.

Apesar de que devo fazer umas adaptações:
1 - Eu estava nesse show a 5 metros do palco.
2 - Eu me esgoelei, gritei, berrei, e me entreguei ao show com muito mais intensidade que em São Paulo.

E quando acabou novamente o show, aquela depressão pós-show me bate. E a esperança de que eles voltem.

Eu, quando adolescente, nunca alimentei esperanças de ver minha banda preferida tocar ao vivo. Mas eles tocaram. E me emocionava toda vez que via um moleque com 12 anos, mais ou menos, no show. Eles têm a esperança viva de rever a banda futuramente. The show must go on!

Fotos:
Dia 27: http://picasaweb.google.com.br/rafaoliveiralopes/ShowQueen27112008
Dia 29: http://picasaweb.google.com.br/rafaoliveiralopes/ShowQueen29112008

Vídeo de Love Of My Life em São Paulo: http://www.youtube.com/watch?v=gbxE6TAPnek

Um comentário:

Anônimo disse...

Fala Rafael,

acredito ser somente um erro de digitação, mas a Feel Like Makin´ Love é do Bad Company e não do Free, e a All Right Now é desta última banda.

Show sensacional não foi?

Abraços,
Vitor